O gás de xisto parece ter sido eleito como a “salvação da lavoura”, de europeus, norte-americanos e outros dependentes externos de petróleo e gás natural, alem de grandes consumidores de carvão mineral, o vilão principal do aquecimento global. Estes países teem reservas consideráveis do “novo gás" em seus subsolos, como de resto boa parte do mundo. O problema é a complexidade do processo de exploração e o grande débito ambiental.
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Campo de exploração do gás, EUA
Quem sonhava, como os ambientalistas e utópicos de plantão, com um futuro movido a turbinas eólicas e placas de energia solar, pode tirar o cavalo da chuva.
Quem sonhava, como os ambientalistas e utópicos de plantão, com um futuro movido a turbinas eólicas e placas de energia solar, pode tirar o cavalo da chuva.
Primeiro porque, apesar de toda euforia com as energias alternativas, assim como algumas tecnologias de ponta, elas esbarram com a pouca disponibilidade no mundo de alguns minerais e, sobretudo, das “terras raras” que é um composto mineral que contem cerca de 17 elementos químicos essenciais na fabricação tanto das baterias dos novos gadgets de todo tipo, como de componentes na construção das turbinas eólicas e tecnologias de energia solar.
Segundo porque, longe de “gastar pestana” no real desenvolvimento de novas tecnologias energéticas, os grandes consumidores de carvão mineral e derivados do petróleo, alem de responsáveis pelo efeito estufa que está aí, como os EUA e União Europeia, sobretudo, optaram de vez pelo gás de xisto, que tem alto custo tecnológico e ambiental.
Embora não seja nenhuma novidade, o seu uso só passou a ser factível, com os elevados preços do petróleo e gás natural, quando passa a ser viável economicamente, apenas, já que o custo ambiental continua muito elevado.
A opção de grandes consumidores como a União Europeia e EUA pelo gás de xisto, tem tambem, motivações políticas e estratégicas, já que dependem inteiramente da importação de grande parte da energia que consomem. No caso da União Europeia, do gás da Rússia e os EUA, de países do Oriente Médio e áreas adjacentes como Norte da Africa, que teem governos autoritários para os padrões ocidentais e principalmente instáveis politicamente, como demonstra a onda de revoltas que vem ocorrendo nos últimos dias.
O grande risco ambiental que revoga toda e qualquer perspectiva de mudanças tendo em vista as mudanças climáticas, é o uso acentuado de água no processo de extração e processamento do gás, que é contaminada irreversivelmente com elementos químicos altamente tóxicos, comprometendo ou inutilizando tanto as fontes da superfície como rios e lagos, como os lençóis freáticos.
Logo, o gás de xisto é o grande achado destes mega consumidores de combustíveis e energia fóssil e poluidores históricos, que mostram categoricamente que estão mais preocupados com os seus umbigos do que com um hipotético aquecimento global, se é que é real e não uma jogada como outra qualquer, que só tem uma vantagem, não ser pior do que o famigerado carvão mineral com o qual construíram o seu desenvolvimento.
Fonte: 20 Minutes.fr
Fonte: 20 Minutes.fr
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