O interessante é que li
recentemente em um blog, tipo como fazer você mesmo, aqui,
um artigo onde o autor estimula a produção de borboletas em casa, vasos e jardins,
apontando a contradição segundo a qual as pessoas gostam de borboletas, sentem
a sua falta, mas não percebem que ao destruírem todas as lagartas, que periodicamente, comem nas plantas, eliminam qualquer
possibilidade de retorno das borboletas, e o que é pior, contribuem para o seu
extermínio.
As borboletas, além de embelezarem
os ares e os jardins, estão diretamente ligadas à nossa própria sobrevivência,
graças a sua função polinizadora,
logo à produção de alimentos.
É o que vai ver abaixo neste alerta
da ONU.
"ONU alerta sobre o desaparecimento de polinizadores e pede medidas urgentes
Cerca de 75% das plantações precisam, total ou
parcialmente, do trabalho de insetos como abelhas e borboletas.
Uma grande gama de fatores está contribuindo para
o desaparecimento de animais
polinizadores no mundo todo, o que ameaça a produção de
alimentos para o ser humano, revelou nesta sexta-feira (26/2) um relatório do
organismo da Organização das Nações Unidas (ONU) encarregado de proteger a biodiversidade.
O documento da Plataforma Intergovernamental sobre
Biodiversidade e Serviços de Ecossistemas (IPBES) identificou uma série de
medidas que governos e o setor privado deveriam tomar de forma
"urgente" para remediar o desaparecimento animais como abelhas, borboletas e alguns mais
complexos como as aves.
De acordo com o vice-presidente do IPBES, Robert
Watson, não existe um fator único que seja responsável pelo desaparecimento dos polinizadores.
"Há uma série de razões que explicam o
declive, como a mudança do uso do solo, o uso de pesticidas e a mudança climática. Não se pode
dizer que há uma ameaça maior que outra para cada animal polinizador ou para cada lugar
do mundo onde estão desaparecendo. É um conjunto de ameaças", disse.
O relatório, intitulado "Avaliação Temática
sobre Polinizadores, Polinização e Produção de Alimentos", é o primeiro
feito pelo IPBES e é fruto de dois anos de trabalho do organismo da ONU que foi
fundado há quatro e é integrado por 124 países, incluindo o Brasil.
Existem milhares de espécies que são
polinizadoras, animais que transportam pólen do
órgão masculino de uma flor ao estigma, o órgão feminino, o que permite a
fertilização. Nos últimos anos, os cientistas observaram o alarmante desaparecimento das abelhas,
das que existem mais de 20 mil espécies silvestres, e borboletas, especialmente
na Europa Ocidental e na América do Norte, o que foi atribuído a pesticidas e ao crescente uso
de plantas modificadas
geneticamente.
O relatório confirmou que pesticidas, incluindo os neonicotinoides - quimicamente
relacionados à nicotina -, representam uma ameaça mundial para os
polinizadores, apesar de seus efeitos em longo prazo ainda não serem
conhecidos.
O IPBES destacou a importância econômica dos
organismos polinizadores ao assinalar no estudo que 75% dos cultivos para
alimentos do mundo dependem, pelo menos parcialmente, da existência de
polinizadores. O valor anual dos cultivos diretamente afetados por
polinizadores é estimado entre US$ 235 bilhões e US$ 577 bilhões.
O relatório, intitulado "Avaliação Temática
sobre Polinizadores, Polinização e Produção de Alimentos", é o primeiro
feito pelo IPBES e é fruto de dois anos de trabalho do organismo da ONU que foi
fundado há quatro e é integrado por 124 países, incluindo o Brasil.
Existem milhares de espécies que são
polinizadoras, animais que transportam pólen do
órgão masculino de uma flor ao estigma, o órgão feminino, o que permite a
fertilização. Nos últimos anos, os cientistas observaram o alarmante desaparecimento das abelhas,
das que existem mais de 20 mil espécies silvestres, e borboletas, especialmente
na Europa Ocidental e na América do Norte, o que foi atribuído a pesticidas e ao crescente uso
de plantas modificadas
geneticamente.
O relatório confirmou que pesticidas, incluindo os neonicotinoides - quimicamente
relacionados à nicotina -, representam uma ameaça mundial para os
polinizadores, apesar de seus efeitos em longo prazo ainda não serem
conhecidos.
O IPBES destacou a importância econômica dos
organismos polinizadores ao assinalar no estudo que 75% dos cultivos para
alimentos do mundo dependem, pelo menos parcialmente, da existência de
polinizadores. O valor anual dos cultivos diretamente afetados por
polinizadores é estimado entre US$ 235 bilhões e US$ 577 bilhões.
"Os polinizadores são grandes colaboradores
da produção mundial de alimentos e segurança nutricional", disse Vera
Lúcia Imperatriz Fonseca, professora de Ecologia no Instituto de Biociências da
Universidade de São Paulo e uma das diretoras do relatório de IPBES.
Segundo ela, o relatório "oferece opções
sobre o que fazer de acordo com o problema específico de cada lugar do mundo em
relação aos polinizadores, a polinização e a produção de alimentos". Entre
as soluções estão a criação de uma maior diversidade dos habitat dos polinizadores
tanto no ambiente rural quanto no urbano, o apoio a práticas tradicionais de rotação de cultivo e manutenção
de áreas não exploradas e a redução da exposição dos polinizadores a pesticidas.
O professor holandês Koos Biesmeijer, um dos
autores do relatório, reconheceu que existem "vazios de conhecimento"
com relação com a finalidade dos pesticidas e outros fatores que impactam
negativamente nos polinizadores. "Embora não saibamos tudo, em muitos
casos, há claras conclusões", afirmou.
A professora da USP, por sua vez, destacou a
gravidade da situação. "Deveríamos atuar agora para deter o declive dos
polinizadores", afirmou.
Já o vice-presidente do IPBES acrescentou que
todas as ações, desde as que podem ser tomadas por agricultores até às que
podem ser feitas pelos governos, poderiam começar o quanto antes. "Não
precisamos de novas tecnologias.
Todas estas são opções que podem nos ajudar a sair na frente", alertou.
Ele deu com exemplo o efeito negativo que têm as
grandes extensões de monoculturas.
"Necessitamos uma agricultura mais sustentável.
Eliminemos essas enormes extensões de monoculturas
e asseguremos que estão salpicadas com zonas de habitat natural
que atrairão os polinizadores nos campos de cultivo", concluiu.
Por Agência EFE
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