Lembra um
quadro impressionista, como uma “natureza morta”.
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Já publicamos aqui, mais de uma vez, sobre a relação entre
produção, distribuição e desperdício de
alimentos como fatores associados à fome,
que afeta parcialmente algo em torno de 3 bilhões de pessoas – quase metade da
população mundial – e drasticamente mais de 1,2 bilhão de pessoas em todo o
mundo.
Além da fome em si mesma: O impacto do
desperdício de comida não é apenas financeiro. Ao se tratar do meio ambiente, o
desperdício de alimentos significa também o uso em vão de produtos químicos,
como fertilizantes e pesticidas, bem como mais combustível usado para o
transporte. Considerando
ainda o impacto que tudo isso gera nas condições
climáticas do planeta, com o excesso de emissões de gases na atmosfera degradação e perda de recursos
naturais como água e terra.
Os parágrafos abaixo dão números a esta verdadeira tragédia.
O relatório
Global Food: waste not, want not ("Comida Global: não desperdice, não
queira", em tradução livre), divulgado em 10/01/2013, pelo Instituto de
Engenheiros Mecânicos (Imeche), do Reino Unido, apontou que entre 30 e 50% dos
alimentos produzidos anualmente no mundo nunca são ingeridos. A porcentagem
representa de 1,2 a 2 bilhões de toneladas de comida, que têm o lixo como destino.
À perda e desperdício de comida também se soma um grande
desperdício de outros recursos, como água, terra, energia, mão-de-obra e
capital, sem contar a emissão de gases na atmosfera que contribui para a
degradação ambiental e a mudança do clima.
Em países em desenvolvimento, conforme relatórios de estudiosos e
organismos internacionais, a perda de alimentos ocorreria especialmente nos
estágios iniciais da produção e distribuição
dos alimentos, normalmente por restrições financeiras, de técnicas
avançadas de gerenciamento na colheita e no armazenamento, o que, pelo visto,
não traria resultados diferentes, já que nos ditos desenvolvidos estas
“técnicas avançadas”, não significaram mais racionalização na produção e uso
dos alimentos.
Para se ter uma ideia, nos Estados Unidos, mais de 30% de toda a
comida, equivalente a 48.3 bilhões de dólares, é desperdiçada todos os anos. Os
segundos maiores componentes de lixões no país são resíduos orgânicos.
Estima-se, ainda, que aproximadamente metade da água usada na produção de
comida também é desperdiçada, levando em conta que a agricultura é responsável
pelo maior consumo de água.
Estima-se, também, que residências do Reino Unido desperdiçam 6.7
milhões de toneladas de comida todos os anos, ou algo em torno de 50% de todo
alimento produzido, que tem como destino certo o lixo.
Um aspecto que também estaria ligado a este cenário seria o
sobrepeso ou o consumo excessivo de alimentos, que afeta de maneira crescente
grande parte da humanidade – mais de 1,5 bilhão de obesos – (sobretudo nos EUA,
com 37,5% de sua população), sem falar na degradação da saúde, da qualidade de
vida e redução da expectativa de vida, um fato inédito na Historia.
Um agravante é que, de acordo com publicação do Fast Company, a população de obesos,
hoje, já equivale a um extra de meio bilhão de pessoas no mundo, no que se
refere ao uso de alimentos e recursos, segundo relatório do British Medical Council. Concluindo,
ainda, que esta demanda adicional de alimentos e energia pelos obesos significa
uma séria ameaça à sustentabilidade ecológica do planeta no futuro.
Estes dados que, se não surpreendem ou alarmam, deveriam fazer
isso, e levar à reflexão pessoal, já que tudo começa na família, na educação
pessoal e dos próprios filhos, quando não se pode, e nem se deve, render às
propagandas de falsos alimentos – os “McDonald’s” da vida (ou antivida!) – que
invadem, pela televisão e propagandas de
todo tipo e em todo lugar, a casa das pessoas.
A responsabilidade, portanto, alem do governo que deveria criar
restrições à propaganda, é dos pais a quem cabe à educação alimentar, o cuidado
da saúde e da qualidade de vida dos filhos.
Com informações de: Global
Food Losses and Food Waste; Organização Mundial
da Saúde, entre outras
fontes.
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