A
cultura do descarte é uma obra prima
da indústria, associada à publicidade subsiervente, que ela já tomou posse
absoluta dos corações e mentes das pessoas, quando nem mais passa pela cabeça
de ninguém a idéia ou possibilidade de consertar ou mandar fazer isso, com os
objetos que apresentam algum defeito.
Levando
ao extremo esta ideologia de consumo, cada vez mais se descarta um produto em
bom estado de funcionamento e uso, só porque o mercado já lançou um modelo mais
novo e, com certeza mais frágil, e que vai “quebrar mais cedo”, e é quase uma
vergonha manter e usar um aparelho qualquer, já “démodé”, sobretudo se os
“outros” já não mais usam.
A
cada dia fica mais difícil encontrar quem faça reparos ou consertos, sobretudo
de alguns objetos, o que tende a desaparecer de vez, por falta de serviço e por
falta de renovação da mão de obra, pois, são ofícios ou profissões que não tem
mais futuro.
Claro
que na lógica do sistema o consumo deve se cada vez mais frenético e o descarte
rápido é um dos seus mecanismos de sustentação.
O
que não se discute, pelo menos com a seriedade devida, é a degradação ambiental
– vide o que ocorre, hoje, na China, maior parque industrial do planeta – o
esgotamento dos recursos naturais, que além dos minerais tem a água e as fontes
de energia não renováveis, onde mesmo as tecnologias de produção de energia
alternativa necessitam de recursos como minerais raros e pouco democraticamente
distribuídos pelo planeta, como o nióbio e as terras raras, por exemplo,
indispensáveis à produção de tecnologias de ponta.
Mas,
pelo visto, é um caminho sem volta, pois se nada acontecer de forma mais
drástica que provoque uma reflexão sobre tudo isso, as novas gerações já estão
sendo “muito bem preparadas” para garantir a continuidade desta cultura de desperdício, e assim
empurrando a solução para o futuro.
Por
exemplo. Você teria coragem, mesmo que em uma “performance”, tirar o seu
“tijolão” (celular antigo), se é que ainda o mantém em algum canto, em um
shopping e atender a um telefonema? Então? Com certeza ele ainda funciona.
Mas
este seria um exemplo extremo, uma brincadeira, e “nem morto” alguém toparia
algo assim. Mas estamos falando mesmo é de objetos menos emblemáticos e que
descartamos no nosso cotidiano, mesmo que se o usasse ninguém estaria vendo,
mas, é claro, você estaria não é verdade?
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