Vimos publicando
com certa regularidade, artigos que demonstram como a “cultura McDonald” é
perniciosa à saúde e vida das pessoas, como demonstram os índices de saúde e
decadência da qualidade de vida dos estadunidenses, para ficar só neste
exemplo, mas, agora, este texto que encontrei no Facebook, na página de uma
amiga, demonstra outro lado, o da exploração pura e simples do bolso dos seus
insistentes e incompreensíveis usuários.
As redes de fast food tem se movimentado no sentido de “lavar sua imagem”. Nos tempos que correm, de maior informação e preocupação global sobre a saúde, isto significa oferecer produtos como saladas e frutas para mostrar que também vende “comida saudável”. O Mac Donalds há algum tempo alardeou nos meios de comunicação a estreia da maçã em seus cardápios.
Recentemente uma mãe de Salvador – Maria da Silva - descreveu, numa matéria chamada “A Maçã do Palhaço”, publicada na página do Infância Livre do Consumismo, uma festa de aniversário no Mac Donalds. A descrição é de um evento meio triste – nada surpreendente para uma festa naquele ambiente plastificado e artificial. Mas o curioso é que a autora pede uma maçã, a única coisa que comeria num MD. A fruta veio num pacotinho plástico com a logomarca da rede e alguns pedaços de maçã dentro. Seu marido levantou a questão: “Nem sei se vale a pena comer! Como essa maçã não fica escura"? Ali no saquinho a explicação: aditivos químicos – supostamente naturais (acido ascórbico e cloreto de cálcio).
Mas o mais curioso é o preço do quitute. Você não vai ao MD comer maçã. Mas se fosse, pagaria 4 reais por um pacotinho de 35 gramas. Em outras palavras: a maçã do palhaço custa 114 reais o quilo. E eu que achava um restaurante no Leblon muito caro porque vende saladas orgânicas a este preço... No horti-fruti da esquina a maçã Fuji ou Gala anda a 5 ou 6 reais o quilo. A diferença é de cerca de 3.000%. Curioso também que comparativamente, a comida tóxica (hambúrgueres, batata fritas, nuggets e refrigerantes) é muito mais barata.
Alem da prática questionável de casar a venda de comida nociva a brindes para atrair nossos filhos, a rede de fast food finge que tem componentes saudáveis para “lavar” sua imagem, mas os vende a preços extorsivos. Ora, nem o palhaço acredita.
Este tema, o
estrago que o estilo “fast food” faz na vida das pessoas é, provavelmente, um
dos mais graves problemas ambientais no planeta, “doença” que já ataca a China
e sua população, que se conta aos bilhões, que já está às voltas com o
crescente contingente de obesos e o seu peso na saúde e abastecimento
alimentar, com perspectivas, que eu diria sem achar que peco pelo exagero,
catastróficas.
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