Cientificamente
comprovado. Ou não? Por trás da aparente objetividade da literatura científica,
esconde-se um universo repleto de aleatoriedade, fontes de viés e conflitos de
interesse. Artigo de capa da CH 303 questiona até onde podemos acreditar no que
se publica.
Trabalhos associando certos alimentos
com a ocorrência de doenças específicas surgem a cada semana, contradizendo uns
aos outros e quase nunca chegando a conclusões sólidas.
Além disso, na década de 1990, estudos observacionais mostraram que o consumo de vitamina E estava associado a uma incidência menor de doenças cardiovasculares. Em 1996, um ensaio clínico mostrou que a suplementação com essa vitamina diminuía em quase 50% o risco de infarto em homens com doença coronariana. No ano seguinte, 44% dos cardiologistas norte-americanos já receitavam rotineiramente vitaminas antioxidantes a seus pacientes.
A hipótese, porém, começou a fazer água. Inúmeros ensaios clínicos posteriores não replicaram os benefícios cardiovasculares da suplementação com vitamina E. Pior: alguns deles mostraram que ela poderia aumentar a mortalidade por certas causas.
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