Essa sugestão vale, sobretudo para você que se considera um
ambientalista ou simpatizante das causas ambientais e de sustentabilidade, ou
seja, alguém que se preocupa de alguma maneira com a sua, a nossa, a vida no
planeta como um todo. Sobrevivência, mesmo! Não custa dar uma olhada. Afinal,
conhecimento não costuma ocupar “muito” espaço na cabeça, a ausência dele sim,
pode suprimir alguns.
Novos setores sociais conscientizam-se sobre os danos do consumo
de carne. Para enfrentar a força do hábito, surgem opções com o
flexitarianismo.
Um dos principais reflexos da produção intensiva de carne se dá na
água da região onde a pecuária existe. O problema é ainda maior quando se
analisa a produção de alimentos para animais que depois vão para o prato das
pessoas. A soja é um dos principais produtos utilizados em rações. O Mato
Grosso é o Estado que mais produz esse grão no país e uma pesquisa, realizada
em algumas cidades produtoras de soja, “encontrou resíduos de agrotóxicos no
sangue e urina de moradores e nos reservatórios de água e poços artesianos das
regiões pesquisadas”, como indica Guilherme Carvalho. Ele concedeu a entrevista
a seguir por telefone à IHU
On-Line em que falou a
respeito das consequências e alternativas para o consumo e para a produção de
carne no mundo.
Entrevista com Guilherme
Carvalho, biólogo e gerente de campanhas da Humane Society International (HSI)
no Brasil, uma ONG internacional de proteção animal.
IHU On-Line – Como você relaciona a questão das mudanças
climáticas com o consumo de carne?
Guilherme Carvalho – Há uma relação
muito próxima entre a produção de alimentos de cultura animal e as mudanças
climáticas. Segundo um relatório de 2006 da Organização das Nações Unidas para
Agricultura e Alimentação (FAO), 18% dos dados de efeito estufa emitidos por
atividades humanas vêm deste setor, da cultura animal. Isto vem de vários
subsetores dentro da cultura animal, incluindo principalmente o uso de
combustíveis fósseis nas propriedades, a utilização de fertilizantes em grãos
que vão virar ração animal, grandes quantidades de metano, o manejo, a
destinação e o tratamento dos dejetos animais… Isto tudo junto soma, segundo os
cálculos da FAO, 18% dos dados do efeito estufa que é comparável ou até mesmo
superior à contribuição do setor de transporte.
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