Esta questão da Usina de Belo Monte não é nova, há décadas que se discute o que seria a maior usina hidrelétrica nacional e terceira do mundo, já que a Itaipu é binacional, e a polêmica que parece chegar a um final, ainda provoca reações as mais inusitadas. É o caso do quase ultimato da OEA – Organização dos Estados Americanos- que inclui os EUA, o que em muitas questões importantes deixou de ser relevante – a sua opinião – em função exatamente das suspeitas de que, como a ONU, ela funcione como se uma extensão do Departamento de Estado dos Estados Unidos, para impor as suas vontades e/ou conveniências no restante dos países membros.
Enquanto se discute esta e outras opções de usinas hidrelétricas para garantir o esforço de desenvolvimento que o Brasil vem vivendo nos últimos anos, a matriz energética, embora ainda seja a mais limpa do mundo, exatamente pela sua matriz hidrelétrica, vem sendo descaracterizada nos últimos tempos com a proliferação das usinas térmicas movidas a carvão mineral e óleo, ou as duas maiores fonte poluentes do planeta e que são isoladamente as responsáveis pelo efeito estufa que está aí.
O argumento das fontes de energia alternativas tipo eólica, solar e similares, são inviáveis no curto médio prazo, e o país não pode parar, promover novos “apagões” ou lançar mão dos combustíveis sujos como vem fazendo, o que vem passando batido pelos críticos da usina, notadamente os ambientalistas.
A situação dos índios da área, me parece mais uma jogada demagógica, quando são usados para provocar emoções mais fortes, mas, pelo que sabemos os índios são “nômades”, logo, não são essencialmente ligados a um território específico e podem muito bem ser deslocados para outras áreas da floresta.
A invejada matriz energética brasileira, ainda a mais limpa do mundo, com os restantes quase 50% de energias limpas e renováveis – que vem se reduzindo gradualmente – graças, como falamos acima, a energia hidrelétrica, ao etanol e biodiesel, é um trunfo que lhe garante um fornecimento permanente, seguro e, relativamente, mais barato.
A construção de usinas hidrelétricas implica em alagamento de terras e deslocamentos de populações, cidades inteiras, como já foi feito inúmeras vezes no país e no mundo, pois, não há como se fazer de outra maneira, e o país não pode voltar aos tempos dos apagões ou racionamentos de energia e ”parar” seu processo de desenvolvimento pela primeira vez em sua história, deixando o atraso e subdesenvolvimento para traz.
Ninguém que engrossa as fileiras de protestos está disposto a abri mão de seus empregos, e toda sorte de eletroeletrônicos e demais comodidades que só são possíveis com um fornecimento de energia abundante e seguro e, no nosso caso, agora, urgente.
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