sexta-feira

Como o esperado, apesar das aparências a COP16 foi o jogo de empurra de sempre


Como falamos no artigo a “Conferência climática COP 16, cumpre tabela”, que você lê abaixo, a Conferência Climática que se encerrou no último dia 11, em Cancun, no México, não teve resultados significativos e funcionou a contento para os países desenvolvidos que, as voltas com um crise econômica radical, empurram com a barriga qualquer compromisso que porventura viesse a colocar mais dificuldade em seus esforços para sair das agruras econômicas, diga-se de passagem, auto criadas. Enquanto isso, mais uma vez o Brasil é destaque. O Wikileaks, para variar, traz novidades, tambem, sobe o tema.

Para os mais otimistas, o fato de na COP 16 terem conseguido empurrar a ratificação ou continuidade do Protocolo de Kioto, que vence em 2012, para a conferência de Durban, a COP 17, na África do Sul, em 2011, foi um ganho, embora, para ser preciso o protocolo nunca funcionou desde a sua criação em 1996, porque o principal responsável pelas emissões dos gases de efeito estufa, logo das mudanças climáticas, os EUA, nunca o assinou, o que o tornou uma mera for maldade.

O Wikileaks, tambem trás novidades sobre o tema. Mostrando os bastidores do “acordo” da COP 15, em Copenhague, quando os EUA decidiram “punir” a Bolívia e o Equador, por não aderirem ao acordo, e sobre a “propina” doada às Maldivas, arquipélago que está na linha de frente do avanço das águas dos oceanos.


Como vê, o pressuposto adotado pela ONU para a aprovação dos acordos e/ou declarações por consenso, vem sendo conseguido pelos velhos métodos de sempre e não pelo que se poderia esperar, pelos “argumentos científicos”. Ou, como vem ocorrendo, aprovadas pelo “consenso possível”, o que voltou a acontecer nesta COP 16.

Como em Copenhague, na COP 15, onde o Brasil foi o maior destaque isolado, não só pelo “lero” comum dos outros países, mas, com a apresentação do Plano Nacional de Mudanças Climáticas recém aprovado, à época e, agora, tambem foi o único país a mostrar serviço e apresentar a regulamentação do plano nacional com metas ambiciosas – próprias – de redução de emissões. Isto além do trufo da redução gradual e progressiva dos desmatamentos.

Como vê, agora, pelo menos teriam o álibi, não admitido, da crise econômica para não assumirem qualquer compromisso com metas de redução de emissões, mas, o Protocolo de Kioto, que nunca funcionou, prova que não existe qualquer interesse em assumir suas responsabilidades e que o negócio empurrá-las para os outros.

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