Se 82%
da população de grandes cidades brasileiras, incluindo aí São Paulo, gostaria
de usar a bicicleta em seus deslocamentos pela cidade... Quem,
então, estaria contra as ciclovias na capital paulista onde já é fato? Só a mídia
associada à oposição? Em nome de quem? Sim, é claro, da oposição política, que com
uma ajuda assim até posa de maioria na luta contra as ciclovias. Leia-se, contra Haddad, do PT.
"Morar a 20 minutos a pé ou de bicicleta do trabalho
e de um parque, para as horas de lazer. Este é um sonho de muitas pessoas que
vivem nas principais capitais do país, de acordo com uma pesquisa sobre
mobilidade urbana que será apresentada na quarta-feira, dia 26/8, em São Paulo.
Das mil pessoas que responderam ao questionário,
82% disseram preferir viver em uma cidade compacta, onde o uso do carro seria
praticamente desnecessário. As entrevistas foram realizadas nas cidades de São
Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre e Salvador.
Entre as cidades avaliadas, o Rio de Janeiro, hoje,
é o local que mais se aproxima de uma cidade compacta, revelam os dados do
trabalho.
Segundo a pesquisa, 24% dos cariocas disseram usar
o carro para a maioria dos seus deslocamentos cotidianos, contra 40% dos
paulistanos, por exemplo.
Outro dado que chama atenção, segundo José Mello,
Superintendente de Pesquisa e Inovação da Liberty Seguros, empresa que está
repetindo pelo segundo ano a enquete, é que 52% dos entrevistados abririam mão
de até 20% do salário por mais flexibilidade. Ou seja, se eles pudessem trocar
o atual emprego por um até 20 minutos a pé da casa deles.
O comércio de rua, indicam os resultados, também
está em alta na preferência popular. Na cidade ideal, 55% das pessoas optariam
por fazer compras em lojas e mercearias dentro do bairro. “Para as pessoas, os
shoppings e grandes centros comerciais estão mais atrelados ao lazer”, diz
Mello.
Apesar da pesquisa mostrar também que 81% dos
entrevistados preferem se divertir em locais públicos e ao ar livre. Em vez dos
pagos e fechados, como os shoppings.
Enquanto os moradores de Salvador são os mais
propensos a compartilhar bens, os que vivem em São Paulo são os menos dispostos
a fazer o exercício do compartilhamento, segundo a pesquisa.
“Na capital da Bahia as pessoas trabalham muito
remotamente, de uma forma autônoma. Talvez isso explique esses números”, diz
Mello. De acordo com o executivo, em São Paulo, a questão da segurança, por
exemplo, pode explicar mais ações individualistas por parte dos habitantes da
cidade.
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