O papa Francisco
é, realmente, um cara de sua época, olhando, encarando, mesmo, os vários
desafios que caracterizam esta humanidade contemporânea – como poderia dizer? –
meio sem rumo, e que, pelo andar da carruagem, pode abreviar o tempo da Terra
como esta casa generosa que nos acolhe há tanto tempo.
"Papa critica o desmatamento para dar lugar a
lavouras de soja. Brasil e Argentina são uns dos países com a maior produção do
grão.
O Papa
Francisco criticou a destruição de florestas para a produção de soja e pediu
que se cuide da natureza em todo o mundo. Em entrevista à rádio católica Virgen
del Carmen, de Santiago del Estero, no norte da Argentina, o pontífice lembrou
que o desmatamento para dar lugar a lavouras é uma prática comum em seu país
natal e também no Brasil. O Papa reforçou ainda sua mensagem de que o meio
ambiente deve prevalecer sobre os ganhos financeiros.
– Dói minha alma quando há
desmatamento para plantar a soja. Passarão milhares de anos para se recuperar
isso. Cuidem da floresta, cuidem da água – disse à rádio, em um programa
apresentado por dois padres.
A declaração papal se enquadra
na primeira encíclica de Francisco, Laudato si, divulgada em junho. Naquele
texto, o pontífice pediu uma “revolução corajosa” para salvar o planeta do
consumismo e a construção de um sistema econômico que defenda os mais pobres.
Pontífice pede maior proteção à natureza
A Argentina atualmente é o
maior produtor de farelo e óleo de soja do mundo. O cultivo ocupa 60% da terra
fértil do país, boa parte sobre áreas dos pampas que foram devastadas para dar
lugar às plantações. O mesmo foi feito em diversas regiões do Cerrado e da
Amazônia no Brasil, que é o maior produtor mundial de grãos de soja. A maior
parte da colheita dos dois países é exportada para a China e usada para
alimentar animais.
Desde que se tornou papa,
Francisco faz defesa forte do meio ambiente. Em visita à América Latina em
julho, ele criticou o capitalismo, incluindo a plantação de produtos agrícolas
para exportação, e defendeu os direitos dos excluídos econômica e socialmente.
No mst
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