A Nestlé,
junto com varias outras multinacionais, inclusive a Coca Cola, vem se apossando gradualmente das reservas de água doce ou potável em todo o mundo, e
para isso veem batendo na mesma tecla no sentido de criar uma cultura nos
corações e mentes das pessoas que a água
é um mercadoria, logo, só quem tem direito de usar é quem pode pagar.
Você poderia dizer: “Mas, eu pago pela água que uso!” E é verdade! Só que a ideia é torná-la,
praticamente, uma mercadoria de luxo, vendida a altos preços. Isso em um mundo
onde, praticamente 1 bilhão de pessoas têm, hoje, dificuldade para suprir suas
necessidades básicas.
Outro aspecto muito interessante e que a mídia
convencional não divulga, já que pode perder eventuais receitas com publicidade,
é que tanto a Nestlé como a Coca Cola foram julgadas e condenadas
por tribunais na Califórnia, EUA, por ter ficado comprovado que engarrafavam a água
de torneira – pública – e vendiam como água mineral.
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Logo, a água engarrafada – garrafas e galões – que você paga mais caro para consumir não tem qualquer garantia de que tem a origem que afirmam.
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Logo, a água engarrafada – garrafas e galões – que você paga mais caro para consumir não tem qualquer garantia de que tem a origem que afirmam.
"O atual presidente e ex-CEO da Nestlé, o maior
produtor de alimentos do mundo, acredita que a resposta para as questões
globais da água é a privatização.
Esta afirmação está no registro da
maravilhosa empresa que vende junk food na Amazônia, tem investido
dinheiro para impedir a rotulagem de produtos cheios de organismos
geneticamente modificados, tem um preocupante registro médico e ético devido à
sua fórmula dirigida a crianças e tem implementado um exército cibernético para
monitorar crítica na internet e moldar discussões nas mídias sociais.
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Esta é, aparentemente, a empresa a qual devemos
confiar a gestão da nossa água, apesar de grandes empresas de bebidas como a
Nestlé terem um histórico na criação de escassez: Peter Brabeck-Letmathe, um
empresário austríaco que é presidente do grupo Nestlé desde 2005, afirma que é
necessário privatizar o fornecimento da água. Isso para que nós, como
sociedade, tomemos consciência de sua importância e acabássemos com o subpreço
que se produz na atualidade.
Palavras sujas que provocaram estupor, sobretudo
quando se tem em conta que a Nestlé é a líder mundial na venda de água
engarrafada. Um setor que representa 8% de seu capital, que em 2011 totalizaram
aproximadamente 68,5 bilhões de euros.
Pero Brabeker junta essa a outras críticas para destacar que o fato de muitas pessoas terem a percepção de que a água é gratuita faz com que em várias ocasiões não lhes deem valor e a desperdicem. Assim sustenta que os governos devem garantir que cada pessoa disponha de 5 litros de água diária para beber e outros 25 litros para sua higiene pessoal, mas que o resto do consumo teria que gerido segundo critérios empresariais.
Apesar das rejeições que sua posição provoca, faz
tempo que ele defende, sem cerimônia, com entrevistas como esta que aparece no
vídeo abaixo, que qualifica de extremistas as ONGs que sustentam que a água
deveria ser um direito fundamental.
Publicado
em portalmetropole
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