Sabe qual é a cor do Rede ou partido ambiental da Marina?
Não, não é verde, se foi o que pensou.
É laranja, a cor do Itaú. Porque seria?
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Para quem é, ou se
julga, um ecologista e/ou ambientalista ou alguém preocupado com as questões que
envolvem a preservação da natureza/meio ambiente e questões relacionadas, pode
até acreditar que uma pessoa que pensa criar um partido – pelo menos no nome –
voltado para priorizar estas questões esteja bem intencionada, mas, o mínimo
que podemos fazer é não economizar em informações.
É, informações, sobretudo
depois que tal personagem resolve entrar para o minado campo político, onde a
boa vontade e boas intenções – se é que elas existam de fato – se tornam muito
relativas, mesmo. Ainda mais se alguém, apesar de toda falação, já demonstrou
que é “muito sensível” aos interesses de sempre.
É o caso da nova
candidata à presidência, Marina Silva,
que, como disse, apesar do discurso, vem mantendo uma “relação incestuosa” com
o capital, como agora, com a sua nova mentora, a herdeira do Banco Itaú, instituição cujo histórico, atuação e interesses
na vida e política do país são bem conhecidos, e pouco recomendáveis, diga-se
de passagem.
Nas eleições
passadas era a Natura, cuja relação muito
pouco ecológica ou “inovadora” você vai conferir nesta matéria abaixo, da Folha
de São Paulo.
Índios atacam exploração apoiada por MarinaSão Paulo, terça-feira, 01 de setembro de 2009
Natura, que tem relações próximas com a senadora, é alvo de ação sob acusação de biopirataria; empresa nega apropriação indevidaFÁBIO ZANINI
Gigante dos cosméticos é suspeita de aproveitar para fins comerciais o fruto do murmuru, de conhecimento tradicional dos ashaninkas
ENVIADO
ESPECIAL A RIO BRANCO
Defendida pela senadora Marina Silva (PV-AC), a exploração comercial de um fruto típico do Acre gerou um processo judicial por biopirataria contra a Natura. A gigante do setor de cosméticos tem relações próximas com a pré-candidata do PV a presidente.
Defendida pela senadora Marina Silva (PV-AC), a exploração comercial de um fruto típico do Acre gerou um processo judicial por biopirataria contra a Natura. A gigante do setor de cosméticos tem relações próximas com a pré-candidata do PV a presidente.
A empresa é ré em uma ação do Ministério Público Federal na Justiça Federal do Acre em razão do suposto aproveitamento ilegal do fruto do murmuru, que é usado na produção de xampus e sabonetes.
A acusação é de uso comercial a partir do conhecimento tradicional do fruto pela etnia ashaninka, que vive na fronteira com o Peru.
Em 2001, o murmuru constava de um acervo de plantas do Acre levado por Marina à Natura, para possível exploração econômica. Em 2003, foi assinado um termo de compromisso nesse sentido entre a empresa e o governo do Acre, intermediado pela senadora.
A Natura é considerada exemplo de compromisso com o meio ambiente por Marina. Juntando doações da empresa e de seus diretores, foi a segunda maior contribuinte da última campanha da senadora, em 2002, com R$ 30 mil. Seu presidente, Guilherme Leal, é mencionado como possível vice na provável chapa de Marina em 2010. A maior doadora foi a Pirelli, com R$ 50 mil.
Em agosto de 2007, a Procuradoria entrou com ação contra a Natura e mais duas empresas de cosméticos, em nome dos índios, cobrando compensação financeira. "A Natura, embora negue, acessou conhecimento tradicional sobre o murmuru. [...] Não é digno de crença que, como gigante do ramo, não tivesse obtido dados a partir dos resultados das pesquisas junto aos ashaninkas", diz a ação.
"Uso indireto"
A base legal da ação é a medida provisória 2.186, de 2001, que assegura às comunidades indígenas "benefícios pela exploração econômica por terceiros, direta ou indiretamente, de conhecimento tradicional".
No caso, a Natura é acusada de "uso indireto", uma vez que o conhecimento teria sido repassado por um pesquisador que trabalhou com os ashaninkas nos anos 1990.
A empresa diz que teve acesso ao princípio ativo do murmuru na "vasta literatura científica" sobre o tema. A Procuradoria rebate que essa literatura baseou-se nas tradições dos ashaninkas, o que não isentaria a empresa de pagar pelo uso.
"Se você entrar na floresta procurando a esmo plantas, vai passar um século até achar algo. É evidente que foi pelo conhecimento dos ashaninka que se chegou ao murmuru", diz o procurador Anselmo Lopes.
A promotoria pede que os réus paguem 50% dos lucros obtidos com a venda dos produtos à base de murmuru como compensação. Ainda não há data para o julgamento do caso. (na Folha)
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