Semana pela abolição do consumo da carne. Não sabia?

No próximo dia 31/01 se encerra a semana de conscientização pela abolição do consumo da carne que começou no dia 24 em todo o mundo. É uma companha mundial – pelo menos se pretende como tal – com programações de manifestações em muitos países. Não sabia? É, a mídia parece não ter “comprado” a ideia, logo, fica invisível, pelo menos para a maior parte das pessoas.

Os argumentos para a abolição do consumo da carne, três, não são lá muito convincentes para muitos. O primeiro é sobre a crueldade para com os animais, que seriam seres tão sensíveis como nós humanos, e que sofrem muito e são mortos, aos milhões, por puro “capricho gastronômico”, já que poderíamos sobreviver muito bem sem o consumo da carne.

O segundo, é que já estão comprovados os malefícios à saúde, pois, ao consumo da carne está associado o surgimento de vários tipos de câncer, a elevação das taxas de colesterol e à redução da eficiência dos antibióticos, em função da quantidade que já vem com a carne, por necessidades das práticas da criação industrial do gado.

O terceiro argumento, que tambem se pretende mais racional, logo, mais convincente, seria aquele que associa aos consumo crescente da carne a um fator agravante nas mudanças climáticas, em decorrência das elevadas taxas de gases de efeito estufa liberadas pelos próprios animais, bem como em países como o Brasil, à expansão dos rebanhos em áreas de florestas.

Como vê é uma luta difícil. Todos os argumentos parecem meio subjetivos demais para reverter um traço cultural tão antigo e arraigado em todo mundo, não é verdade? Um agravante, e o fato de que está comprovado que o primeiro item de consumo de uma pessoa que é incorporada ao mercado de trabalho e consumidor, é aumentar o consumo de carnes, considerado em sua condição anterior como um grande objeto de desejo. 

Para se ter uma ideia do desafio, só na China, com uma população de mais de 1,3 bilhões de habitantes, foram incorporados algo como 400 milhões de pessoas ao mercado consumidor nos últimos 10 anos, isso sem falar nas centenas de milhões nos demais países emergentes, em um processo crescente.

Fonte: Le Monde

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