domingo

O vegetarianismo pode deixar de ser uma opção para tornar-se uma necessidade



O movimento vegetariano tem varias vertentes e vem crescendo muito nos últimos tempos em função, principalmente, da constatação de que a carne, sobretudo a vermelha, estaria associada a vários distúrbios e problemas de saúde, e não seria tão imprescindível assim para uma alimentação saudável e nutricionalmente equilibrada.

O não comer carne vai desde a sua eliminação pura e simples, o naturismo, sem abdicar de outros alimentos derivados animais como o leite, queijo, ovos e mel, até o vegano – com variantes – que suprime todo e qualquer produto de origem animal, vinculado, também, a defesa dos animais.
Leia: “Vegetarianismo e ecoterrorismo, duas pontas do mesmo movimento: a defesa dos animais”.
Um fato “novo” nesse cenário é a constatação da inviabilidade econômica e ambiental da produção de carne em detrimento de cereais e legumes, que tem uma relação, área utilizada x produção de proteínas, plenamente favorável à agricultura.

Com o desenvolvimento econômico de países densamente povoados com a China e Índia, além de outros, a demanda por alimentos – e carne – é crescente, o que torna essa equação mais pertinente e mais séria. No momento – com exceção do continente africano – a produção de alimentos é suficiente para as demandas da população mundial, e o problema da fome que afeta algo em torno de 1 bilhão de pessoas é, basicamente, uma questão de distribuição de renda e recursos.
Leia: “A fome no mundo não é por falta de alimentos e sim de recursos para adquiri-los”.
Entretanto, este quadro pode e deve mudar, pois, está provado que  a carne é o maior sonho de consumo de setores da população de qualquer país que tem aumento de renda, como vem ocorrendo nos países em desenvolvimento, o que vai exigir uma mudança nos paradigmas atuais de produção de proteínas e de alimentos em geral.

Pelo visto, o vegetarianismo pode deixar de ser uma opção para tornar-se uma necessidade, e a picanha e/ou churrasco no fim de semana pode vir a tornar-se um luxo para poucos.

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10 comentários:

  1. Vegetarianismo é atraso. Seria o aumento da desnutrição, doenças, anemias, deficts fisicos, deficts inteligencia, um total retrocesso, é sim possivel ter uma alimentação vegan ou vegetariana saudavel porem é muito dificil de se consseguir, é presiso que a pessoa tenha grande conhecimento nutricional pois os vegetais possuem cadeias de aminoacidos incompletas para que se formen cadeias completas são necessarias combinações de vegetais distintos o que creio eu que nem 5% da população consseguiria fazer sem ajuda de nutricionistas especializados, existem outras dezenas de argumentos para que não se faça tal coisa mas nem cabe a min cita-los individualmente sendo assim fica clara a desvantagem pra humanidade no sentido biologico, da saude mental e fisica, deixar de comer carne. A carne nunca deverá ser retirada de nossa alimentação; e sim, há outras alternativas viaveis para sua produção para que degradem menos o ambiente, a substituição de carne bovina por outras ja seria de grande ajuda, sendo os bovinos responsaveis pela maior emissão de metano, assim como ha maneiras de amenizar o mal causado pelas PLANTAÇÕES e inumeras fazendas de soja/cana etc etc etc.

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  2. Olá Eric!

    É, independente das preferências e/ou conveniências de se comer ou não a carne, o fato é que a continuidade do modelo de produção dominante de proteína, que é a carne, não é sustentável, logo deve cair – com o consumo – por uma questão puramente “técnica” ou econômica, sem contar, como diz, o aspecto ambiental.

    Como pode ver trecho do artigo: Aumento no consumo da carne e a sua relação com as mudanças climáticas e o meio ambiente, do próprio blog: “Para produzir 1kg de carne são necessários 8 kg de grãos, isso principalmente nas áreas de criação intensiva como na União Européia e EUA, ou a relação do uso do solo que é de 1 para 14, ou seja, a mesma quantidade de terras utilizada para alimentar uma pessoa com a pecuária, alimentaria 14 se a mesma terra fosse utilizada para a agricultura.

    Outra forma de mostrar o desperdício é que são necessários de 11 à 17 calorias de proteína vegetal para produzir 1 caloria de proteína animal.”( http://metanoverde.blogspot.com/2010/05/aumento-no-consumo-carne-e-sua-relacao.html ).

    Concordo com a falta de informação suficiente para fazer a opção para o vegetarianismo, mas, quanto ao fator nutricional, eu mesmo não como carne, nenhuma, há já um bom tempo e não tenho qualquer problema ligado a essa opção.

    Um abraço

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  3. Me diga uma coisa, se bate muito na tecla da poluição gerada pelo abate e custo ecologico para se manter o gado e na tal sustentabilidade desse processo.

    Entretanto, você considera hipotese de caso todos nós deixarmos de consumir carne e passar a consumir somente vegetais como é tão pregado pelos vegetarianos, esse impacto devido ao aumento de demanda seria o mesmo, como uso absurdo de agrotoxicos e doenças geradas por isso, poluição, contaminação dos lençois freáticos.

    A idéia de vegetarianismo parece sustentavel agora porque há pouca demanda em relação a carne logo o impacto parece ser menor, mas se caso a demanda fosse contraria, mais vegetais e menos carne, o impacto seria o mesmo, só mudando os agentes utilizados para tal.

    Sem falar que o organimso humano precisa de nutrientes oriundos de diversas partes e os vegetais nao sao capazes de fornecer todos eles.

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  4. Olá!

    Sobre o consumo de carne ser pequeno não é, necessariamente uma verdade, o que existe é um aquecimento da demanda por alimentos como um todo e as terras agricultáveis ou proprias a agricultura, e a criação de gado, não tem como serem ampliadas na medida das necessidades em todo o mundo e, a se cofirmarem as previsões sobre aquecimento global, elas tendem a se reduzir.

    O que começa a ser discutido em todo mundo é exatamente esta relação na produção de proteínas e calorias com a inclusão de milhões de novos consumidores, até então, praticamente, à margem dos padrões de consumo de alimentos convencionais, como pode ver no nosso comentário/resposta acima. Só na China, quase 2 brasis – 400 milhões de pessoas – entraram para o mercado consumidor formal nos últimos anos, para se ter uma idéia.

    Sobre os nutrientes necessários em dieta com carne, é possível sim fazer isso com vegetais. É só uma questão de informação ou “como fazer”,de maneira adequada.

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  5. Eu fico impressionado como as pessoas discutem uma bobagem dessas e não propõem a solução mais óbvia: controlar o crescimento da população. Será que é mais fácil convencer toda a humanidade de que carne é ruim ou a Igreja a deixar usar camisinha, aceitar o aborto, distribuir anti-concepcionais e promover vasectomias pelo SUS?

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  6. Olá Luis!

    Não parece ser a solução. O que se vê hoje nos países desenvolvidos, aliás há já algumas décadas, é uma política “agressiva” de estímulo da natalidade, pois, são países que, exatamente, em função de políticas anteriores de controle da natalidade, teem hoje uma população envelhecida.

    Isto vem comprometendo a renovação da mão-de-obra e provocando uma crise nos programas de seguridade social, já que a população ativa, que é quem sustenta a previdência social tem se reduzido e por outro lado a população dominante está aposentada, graças a longevidade que aumenta a cada dia.

    Para se ter uma idéia, na posse do 1º ministro japonês atual, ele considerou como metas prioritárias no seu governo, o combate a crise econômica e o estímulo à natalidade. Isto no Japão, um país minúsculo e com uma das maiores densidades demográficas do mundo com uma população pouco menor que a do Brasil, por exemplo.

    Existe sim, um movimento de ONGs européias e norte-americanas que defendem a redução da natalidade e do desenvolvimento econômico: dos outros, ou seja, dos países emergentes como o Brasil, que já está com o seu crescimento mínimo da população necessário para a renovação da mão-de-obra e suporte para a previdência social comprometido, e especialista na área consideram que teremos problemas de redução populacional em torno de 2040.

    Como o espaço não permite discorrer com mais exemplos, o fato é que como diz o ditado: não é matando o pobre que se reduz a pobreza, mas, adotando políticas públicas que garantam uma distribuição justa da riqueza, como diz o artigo acima.

    Um abraço

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  7. Obrigado pela resposta e discussão saudavel que vc prôpos Paulo Athayde, realmente estes são problemas que parecem não ter uma solução, já pensei tbm como o amigo Luis sobre o controle da natalidade, mas com este vem todos os problemas citados por vc, porem posso não estar correto, mais ocorre a falta de mão de obra tbm porque as empresas continuam a aumentar mais e mais sua produção devido ao capitalismo desenfreado, qdo o correto seria diminuir, e como sustentar a população idosa? problemas sem fim? O amigo anonimo tbm tem razão qdo diz o "E se todos virarem vegetarianos" será que ocorreria maior incidencia de agrotóxicos/poluição/desgaste do solo?... Infelizmente creio eu que é tarde de mais pra resolvermos tantos problemas. Creio eu que a população só tende a aumentar mais e mais e logo após isso entrar em declinio com alguma doença ou virus como acontece com quaisquer outros animais não predados, a natureza cuidara disto. Tens razão qdo diz que a produção de carne é inviavel. E pra vc? vc crê que existe maneira de reorganizar nosso modo de vida? de "salvar" o planeta, conhece alguma solução?? hehe
    Até outrora

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  8. Oi Eric!

    É mesmo um grande desafio. Esta hipótese meio apocalíptica de um vírus pode ser uma possibilidade... Entretanto, acho que o caminho passaria por uma “reeducação” global, embora considere mais improvável que a hipótese levantada por você.

    Educação esta que convencesse (!!!) a todos que é, absolutamente impossível se reproduzir para todo o planeta ou mais de 6 bilhões de pessoas, o estilo de vida e consumo de uma União Européia, EUA e Japão, por exemplo, que juntos representam algo em torno de 10% e consomem sozinhos mais da metade dos recursos de todo tipo disponíveis no planeta, e precisaríamos de vários planetas terra para dar conta de todos.

    Mas, como quem está no bem bom não vai querer fazer concessões e mudar radicalmente o seu estilo de vida e nível de consumo e, por outro lado, quem sonha com isso há tanto tempo não vai querer desistir da oportunidade de experimentar...como ficamos?

    Logo, neste quadro que chega às raias do absurdo, a minha idéia é uma utopia no sentido literal, pois, só uma grande crise – como a que se refere – poderia convencer a todos, principalmente aos países desenvolvidos a fazer concessões.

    Mas, o que se vê hoje, são os países desenvolvidos agarrados com unhas e dentes aos seus privilégios, enquanto tentam deter a turma que está chegando agora, e uma atitude meio dissimulada que vem querendo colocar em prática, é chutar a escada para não deixar ninguém subir.

    Um abraço

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  9. Oiii, adorei o post! Sou vegetariana com muito orgulho, minha saúde melhorou 100% depois que parei com a carne. Meus exames estão equilibrados, minhas doenças não existem mais, minha pele é muito mais bonita e saudável hoje, fico doente muito raramente, e meus médicos ficam de boca aberta pelo fato de eu conseguir isso. A falta de informação dos outros e falta de interesse justifica muito essas críticas contra o vegetarianismo. Amo os animais, não preciso da carne deles, pois tenho os vegetais e frutas, grãos, enfim...Sou bem melhor assim, e garanto que não tenho anemia alguma, nem outro tipo de falta de vitamina ou proteina no organismo. Me alimento muito melhor que muita gente ai, e os ivejosos ficam toda hora falando:
    "Como você consegue não comer carne??"
    bá, bá....
    chatisse...

    bjss
    ^^

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  10. Olá Sabrina!

    Bom conhecer mais uma vegetariana convicta. Como você, não consumo carne há um bom tempo, o que venho constando que foi, e é, muito bom para mim, para minha saúde, bem como para os animais que deixei de contribuir para a sua morte.

    Um contratempo inevitável, como diz, é ter que “encarar” a estranheza e não aceitação das pessoas com esta opção, mas, nada que comprometa as minhas convicções.

    Acredito, mesmo, que com um pouco mais de informação as pessoas vão começar a repensar este habito – comer carne – porque é, realmente, um habito, já que podemos muito bem viver e com saúde, sem ele.

    Gradualmente a própria ciência nutricional vem se dando conta dos inconvenientes do consumo da carne para a saúde, já que aumenta a lista de doenças associadas ao seu consumo.

    Este blog acaba, naturalmente, tendo um viés vegetariano, o que não dá para ser diferente.

    Bjs

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