sábado

Jornal inglês, The Independent, diz que Amazônia não deve ficar em mãos de brasileiros


A saída da Ministra do Meio Ambiente Marina Silva, desencadeou uma reação quase unânime na mídia européia e norte-americana, de reprovação e indignação. O jornal Inglês The Independent aproveitou a oportunidade, para reiterar um “velho sonho”, segundo o qual – sem meias palavras – a Amazônia seria importante demais para ser deixada nas mãos dos brasileiros. Pretensões “imperialistas” à parte...
 
A conciliação das necessidades de desenvolvimento do país, com os Programas de Aceleração do Crescimento (PAC), para a Amazônia é um tema delicado que tem seus defensores e detratores, igualmente ardorosos.

De um lado os pecuaristas, produtores de soja, além de madeireiros, com intenções óbvias, e do outro os conservacionistas que vão desde aqueles – utópicos? – que defendem a manutenção de uma Amazônia intacta, até os que defendem a adoção de uma política de manejo sustentável dos recursos da Amazônia, mas com ênfase, também, na preservação da floresta em pé.

Como em todas as situações, o bom senso e a racionalidade estão no meio termo entre estes dois extremos, equivocados – ambos – diga-se de passagem. A mídia internacional faz coro para malhar qualquer medida que não seja a posição ambientalista mais radical, já que, a prevalecer esta postura, eles - os países desenvolvidos – ficam com a “consciência” tranquila.

Consciência tranqüila para continuar mantendo o seu elevado padrão de consumo e de qualidade de vida e, manter, sem culpa, seus altíssimos índices de emissões de CO2, enquanto o Brasil e os habitantes da Amazônia pagam por isso com atraso e subdesenvolvimento. É como disse um jornal europeu, que a Amazônia seria responsável pela “metabolização” de 30% de todo CO2 produzido no Planeta. É a velha estória do macaco que tirou a batata do fogo, que estava queimando, com a mão do gato.

O Brasil, como alguns países asiáticos que também têm florestas tropicais, têm seu direito de poder usufruir desse imenso patrimônio, não só ecológico-ambiental, mas, também, econômico, para garantir a vida e o bem estar de suas populações que vêm liderando, por baixo, os índices – apesar dos avanços recentes no Brasil – de IDH (Índices de Desenvolvimento Humano).

Têm não só o direito, mas o dever, de sair do “vermelho” no que se refere à pobreza, educação, saúde e emprego, e não podem se der ao luxo de pagar para que os países desenvolvidos fiquem em paz com suas “consciências ambientalistas”, tendo estourado todos os limites do bom senso e racionalidade ambientais para construir e, agora, preservar o seu alto padrão de vida e de consumo.

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