Muitas ONGs – sobretudo estrangeiras, que são a maioria e as mais aguerridas, porque turbinadas por um “suporte” não confessado – acham bucólica, pitoresca e até romântica uma vida assim como a desses ribeirinhos da Amazônia.
Acham, mesmo, que é só colorir os
seus barracos para agregar qualidade de vida a estas populações que
vivem à margem de seu tempo?
É como pintar os
barracos de uma favela e manter as condições estruturais, e reais,
em que vivem. Só servem para embelezar a paisagem e servir aos
cartões postais e as lembranças fotográficas dos turistas.
Este é um dos
argumentos que utilizam contra a construção da usina de Belo
Monte, preservar a vida das populações ribeirinhas.
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Sem entrar no mérito
da viabilidade ou não da usina, é uma enganação, acham que todo
mundo é idiota, sobretudo os próprios ribeirinhos, pois, não
acredito que o façam de sã consciência.
É porque não estão
na pele daquelas populações que vivem sem qualquer infraestrutura
de higiene e conforto, e como já disse em outro artigo, servindo de
comida para zilhões de mosquitos que, além do desconforto, trazem
doenças como a malária.
Quem disse que eles
querem continuar como estão? Alguém os peguntou? Se querem viver
romanticamente sem água tratada, esgoto, eletricidade, geladeira,
máquinas de lavar, computadores ou outras parafernálias eletro
eletrônicas, como “adoramos” por aqui?
E os serviços de
educação, saúde, transportes, cultura ou diversão, incluindo os
“templos modernos do consumo” os shoppings centers? Quem disse
que eles não gostariam de fazer o que todo mundo faz hoje, para o
bem e para o mal?
Para você defender
isso, sugiro que faça um “estagio”, mesmo que com curta duração
em uma maravilha daqueles pendurada às margens dos rios.
E, para
completar a sua experiência, não leve “nenhuma modernidade”
como repelentes de insetos, sua própria comida, notebooks para se
distrair ou máquinas fotográficas, ou seja, vá e viva por algum
tempo como eles, só assim você terá autoridade para defender esta
ideia “maravilhosa.
Defender isso, é como
“votar greve de fome para os outros fazerem”.
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