quarta-feira

Fim da maior grilagem na Amazônia


A grilagem de terras que parece para muitos como algo do passado, quando a lei do mais forte ou bem relacionado, sempre prevaleceu na posse de terras publicas no Brasil, continua firme. Se o processo parece ter arrefecido no resto do país, na Amazônia o fenômeno não é tão incomum assim. Esta noticia é de 12/03/12, o que não invalida ou reduz a sua importância e atualidade.

A subseção da justiça federal de Altamira, no Pará, vai receber os autos do processo sobre a maior grilagem de terras da história do Brasil, talvez do mundo. São quase 1,5 mil páginas de documentos, distribuídos em seis volumes, que provam a forma ilícita adotada por um dos homens mais ricos e poderosos do Brasil contemporâneo para se apossar de uma área de 4,7 milhões de hectares no vale do rio Xingu.

Se a grilagem tivesse dado certo, Cecílio do Rego Almeida se tornaria dono de um território enorme o suficiente para equivaler ao 21º maior Estado do Brasil. Com seus rios, matas, minérios, solos e tudo mais, numa das regiões mais ricas em recursos naturais da Amazônia.

O grileiro morreu em março de 2008, no Paraná, aos 78 anos, mas suas pretensões foram transmitidas aos herdeiros e sucessores. A Ceciliolândia, se pudesse ser contabilizada legalmente em nome da corporação, centrada na Construtora C. R. Almeida, multiplicaria o valor dos seus ativos, calculados em R$  5 bilhões.

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