É um grande contrassenso, pois, o que se vê, com frequência, é o gasto desnecessário de água para se lavar uma lata vazia de leite condensado ou outra embalagem qualquer, quando se sabe que, dentre os recursos a se cuidar e preservar, nada se iguala em importância vital – literalmente – à água.
Isso caracteriza um verdadeiro desperdício. Além do fato desta água que sai das torneiras tem um grande valor agregado em custos de captação, trateamento e distribuição que, no Brasil, não fazem o seu preço real, já que ocorre apenas um repasse ou rateio dessas despesas, o que não é uma pratica comum em outros países, onde é, efetivamente, uma mercadoria de preço elevado.
Isso fica mais sério quando se sabe que qualquer processo de reciclagem ou reaproveitamento como o de metais e plásticos, passam, normalmente, por um procedimento de limpeza nas industrias específicas.
Muitos de nós, que tem a água fluindo abundante o tempo todo nas torneiras de casa, não se deu conta de sua preciosidade e da redução acelerada de sua disponibilidade – água potável – no planeta, e do fato que, nesse momento, mais de 1 bilhão de pessoas – segundo a ONU – lutam pelo mundo afora para garantir até o mínimo para beber.
Pelo mundo afora... Parece muito vago, muito distante, sem conexão alguma com o nosso cotidiano aqui. Não é verdade? É o que muita gente acha e pensa. Mesmo aqui – no Brasil – que possui as maiores reservas de água potável no planeta, muitos tem dificuldades para satisfazer suas necessidades básicas.
Não. Não estamos falando da caatinga na Região Nordeste. Estamos falando de inúmeros bairros em cidades grandes como São Paulo, por exemplo, onde o rodízio de agua nas torneiras é uma realidade de muitos anos, que nem mais chega a ser notícia. Logo, lavar embalagens para reciclagem, bem como “varrer” o quintal ou o passeio com a mangueira são atitudes que podem pesar, e muito, em futuro não muito distante.
Você concorda que o “desperdício” pessoal pode comprometer o abastecimento coletivo? Como conscientizar as pessoas sobre a sua responsabilidade no processo? Faça um comentário. Dê a sua opinião!
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