sábado

Energia nuclear. A crise energética minimiza os riscos e “ressuscita” antigos projetos de usinas


Central nuclear - Mosele, França
As perspectivas de mudanças climáticas em função das emissões de CO² das fontes convencionais de energiapetróleo e carvão mineral – aliadas ao fim das reservas, sobretudo do petróleo, e as discussões sobre alternativas, vem “ressuscitando” a opção nuclear.
 
Parece que a carência de alternativas viáveis no médio e longo prazo, senão a falta de perspectivas para muitos países, vem espantando o fantasma dos acidentes nucleares que tirou de pauta, e da planta, muitos projetos de usinas.

A França, a maior potencia nuclear, e o modelo sugerido e preferencial. Com 78% de suas necessidades de energia elétrica para uma média européia de 30% e de 20 % nos EUA, a Areva – estatal nuclear francesa – vê crescer, a cada dia, a lista de novos clientes.

Isso se deve ao fato de, ao ter que administrar as suas 59 centrais nucleares, garante ter desenvolvido o que se denomina Terceira Geração, o que significa menos emissões de CO², mais eficiência e mais segurança. Essa revisão no trato com a energia nuclear vem acirrando os debates com aqueles que defendem alternativas mais seguras e limpas, pois, além dos riscos, hipotéticos, de acidentes, ainda não existe uma forma segura de armazenamento do lixo nuclear, que talvez seja o ponto mais fraco do sistema.

Outro aspecto a considerar, é o fato de a maioria dos países que usam ou pretendem usar, não tem reservas de urânio – demolindo o mito da auto-suficiência – e a conta do petróleo que não pode ser suavizada com as necessidades de combustível para veículos e transporte. Na França, também, 70% do combustível é baseado no petróleo e no carvão mineral, os velhos vilões de sempre.

Pelo visto, em vêz de uma alternativa energética real e ecologicamente viável, a opção mais provável é por aquela que parece mais fácil. Problemas? O futuro - e as próximas gerações - se encarregará de resolve-los. 
Fonte: EL PAIS 

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