A natureza costuma enviar sinais inequívocos quando algo não vai bem. A insensatez e insensibilidade do homem que provoca o desequilíbrio ou o problema ambiental é a mesma que não percebe os avisos.
A onda de acidentes com águas-vivas neste verão em São Paulo, tem explicações idênticas às que explicam os ataques dos tubarões a surfistas e banhista em Recife.
A destruição do ecossistema marinho, como ocorreu na destruição dos mangues – berçário de espécies marinhas – para a construção do Porto de Suape, em Recife, é uma delas.
A cadeia alimentar é quebrada, as condições e a sobrevivência das espécies é ameaçada pela destruição dos rios e conseqüente despejo de dejetos industriais no mar, fecham um quadro, que ajuda a entender a aproximação excessiva dos tubarões ao litoral – já que são espécies oceânicas – em busca de alternativas de sobrevivência.
A idéia, se é que alguém a tenha, de que o mar é infinito em sua capacidade de receber resíduos industriais e domésticos, ou em sua capacidade de fornecer peixes indefinidamente, é uma ilusão.
Já é fato, hoje, que os peixes estão sumindo, inclusive pela pesca industrial predatória, e no futuro próximo, os peixes, camarões e lagostas, só os de fazendas marinhas, que ao tentarem suprir a carência, destroem mais ainda, os mangues, onde costumam se estabelecer.
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