Muitas pessoas vêm criticando o programa brasileiro do álcool combustível ou etanol, como vem sendo chamado ultimamente.
Argumentos já conhecidos sobre a concentração das terras agricultáveis, sobre a expulsão do homem do campo, da exploração do bóia-fria, ou que a expansão da cultura da cana compromete a preservação de florestas... parece que chegaram ao Brasil hoje.
A concentração da terra com o agronegócio e o consequênte êxodo rural, não é novo no Brasil. Intensificou-se ainda no período dos governos militares, com a expansão da soja, do milho, dos pastagens para o gado e muitas outras culturas.
A urbanização acelerada das últimas décadas, não é um fenômeno só brasileiro, e a mecanização da agricultura é universal e irreversível.
Os bóias-frias são um problema econômico e social que tem que ser equacionado com educação e emprego, além de distribuição de terras, e os canaviais para o etanol, não contribuiram significativamente para isso.
A mecanização no corte da cana esta crescendo, como de resto ocorreu com a agricultura como um todo, e esta levando ao desemprego do próprio bóia-fria e não a sua criação.
Entrar nesse discurso, é fazer coro com os países europeus, principalmente, que passada a euforia inicial, descobriram que somente o Brasil com a cana, é capaz de produzir um etanol com preços competitivos no mercado internacional.
Daí as suas pseudo-preocupações com hipotéticos desmatamentos por aqui, que têm outros motivos que passam longe das preocupações com o meio ambiente.
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domingo
Crise do etanol II
Postado por
Paulo Athayde
às
17:40
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