Há já algum tempo penso em criar uma “tag”, tipo “estórias e causos”, aberta a relatos de
estórias e causos envolvendo o meio
ambiente, animais e quaisquer experiências como esses e temas correlatos.
Uma experiência que tive hoje, finalmente me fez
desencantar a tal ‘tag’.
Estava indo a pé para um empório aqui perto de
casa, quando vi alguns cantos/gritos de maritacas
e como não são tão comuns por aqui, pelo menos não tão perto, a não ser
passando – voando alto – pela manhã e à tarde para algum lugar, observei que estavam,
4 delas, nos fios de um poste.
Mesmo correndo o risco do ‘mico’, parei em uma
área protegida no meio da rua, próximo à esquina em que estavam e fiquei
olhando pra cima.
Para quem passava e via um cara deste tamanho, barbado,
com a cara pra cima pode ter pensado em minha duvidosa sanidade mental ou mesmo
que poderia ser algo tipo um OVNI. Mas, fui recompensando por minha audácia performática,
já que muitas pessoas próximas, inclusive nos carros que passavam me olhavam e,
pelo visto, tentavam descobrir o porquê da performance.
Na sequência pousou um gavião tamanho família em uma antena de televisão alta sobre uma
casa próxima, o que fez calar imediatamente as maritacas, que ficaram ligadas
no dito cujo.
Enquanto ele se ajeitava, provavelmente ‘pensando’
em alguma estratégia para garantir a janta – eram umas 17 horas – eis que me aparece
o estraga jantares...
Um bem-te-vi
fez um vôo rasante sobre o dito cujo. Não sei se chegou atingi-lo, só sei que ele
tentou se defender e diante do ataque cerrado – aos gritos do bem-te-vi – ele ‘picou a mula’, como se diz, e foi sendo assessorado
com mais ataques rasantes enquanto se afastava pra longe.
Provavelmente ele estava tentando proteger algum
ninho/filhotes seu nas imediações.
Apesar do inusitado da situação perante letalidade
e tamanho do gavião e /ou pequenez e
fragilidade do atacante, um fator que, provavelmente, deixa o bem-te-vi em vantagem
é o seu bico grande, forte e pontudo, potencializado por seus vôos de ataque –
como caças militares, rápidos e rasantes – enquanto o gavião, em que pese todo o seu esquema de poder e ataque, no caso, não
pode fazer nado, pois o seu bico em forma de gancho não é apropriado ao ataque –
só para cortar/rasgar a carne das presas – e seu tamanho acaba sendo uma
desvantagem.
Com isso as maritacas
voltaram a se animar e a cantar e o gavião foi procurar o seu jantar em outro
lugar.
Quando percebi, tinha bem mais gente vendo, e
comentando, a cena do que ligadas em minha performance.
Um detalhe a lembrar é que eu estava, moro, em uma
cidade de mais de 1 milhão de habitantes e em local próximo ao centro, embora a
existência de um bosque público nas
imediações possa ter facilitado a presença dos protagonistas do “evento”.
Se você tem uma estória ou causo do gênero “estórias e causos” e queira partilhar, use
o espaço dos comentários. A depender do caso, e tamanho nós o publicaremos como
artigo seu sob a ‘nova tag’.
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