Ou porque você deve ‘desaposentar’ o velho filtro de cerâmica.
Esta moda e aparente facilidade mesclada com algum
conceito vago de modernidade que fez os garrafões
e garrafas de água mineral dominarem os ambientes, inclusive as residências,
tem trazido um saldo pesado ao ambiente – leia-se à vida – com resultados que
se preveem catastróficos no curto médio prazo.
A frase acima: “Ou porque você deve ‘desaposentar’ o velho filtro de cerâmica”, não
é uma força de expressão ou uma brincadeira. É um recurso, pessoal, diga-se de passagem,
para contribuir com a preservação ambiental.
É, parece pequena, insignificante... Entretanto, sabemos
que tudo começa assim no pessoal, no pequeno, na unidade... Isto sem contar
sobre a qualidade da água que o “filtro de barro” proporciona. Além dos custos,
é claro.
Confira também:
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O efeito adicional que é deixar de contribuir com o
verdadeiro flagelo ao meio ambiente
com o descarte irresponsável das ‘garrafinhas’.
Em suma, falar, se preocupar, até condenar o que se
fez, e faz, com o meio ambiente e
assim comprometendo a continuidade da vida como se conhece... É bom... Mas, “arregaçar
as mangas” – como se diz – e fazer algo é bem mais efetivo e racional.
Veja estes dados abaixo:
“Mercado da água de garrafa ameaça meio ambiente
Poluentes
gerados pela fabricação, transporte e descarte do produto contribuem para o
aquecimento global.
O consumo anual de água mineral em garrafa no Brasil cresce em média cinco litros por pessoa desde 2010, atingindo 55 litros per capita em 2013. O país já é o quarto maior consumidor mundial do produto, atrás apenas de Estados Unidos, China e México. Mas enquanto as cifras do mercado se multiplicam — de acordo com a Associação Internacional de Água Engarrafada (IBWA, na sigla em inglês), só nos EUA, as empresas do setor faturaram US$ 11,8 bilhões em 2012 — a poluição gerada pelo processo de fabricação, transporte e descarte das garrafas causa grande impacto ambiental.
Postado em 2010 pela militante americana Annie Leonard, o vídeo A História da Água Engarrafada (Vídeo legendado) circula até hoje na web e foi um dos grandes inspiradores de movimentos como o Água na Jarra, iniciativa criada em São Paulo no mesmo ano para incentivar o consumo de água da torneira. De acordo com Annie, esse crescimento é devido ao que ela chama de “demanda fabricada”.
Há anos, ONGs internacionais alertam sobre um futuro em que a água potável seria rara e valeria “mais do que ouro”. Para garantir seu filão no mercado, as grandes empresas de alimentos e bebidas agiram rápido: questionaram a qualidade da água de torneira e investiram em publicidade para garantir que seu produto era a opção mais saudável. Segundo a IBWA, o setor de água engarrafada é o segundo maior anunciante dos EUA.
O futuro chegou. Hoje, 1 bilhão de pessoas não têm acesso à água potável, de acordo com a Whole World Water. A falta do recurso, reconhecido como direito universal, está relacionado à morte de uma criança a cada 15 segundos no mundo, segundo a Unicef.”
O consumo anual de água mineral em garrafa no Brasil cresce em média cinco litros por pessoa desde 2010, atingindo 55 litros per capita em 2013. O país já é o quarto maior consumidor mundial do produto, atrás apenas de Estados Unidos, China e México. Mas enquanto as cifras do mercado se multiplicam — de acordo com a Associação Internacional de Água Engarrafada (IBWA, na sigla em inglês), só nos EUA, as empresas do setor faturaram US$ 11,8 bilhões em 2012 — a poluição gerada pelo processo de fabricação, transporte e descarte das garrafas causa grande impacto ambiental.
Postado em 2010 pela militante americana Annie Leonard, o vídeo A História da Água Engarrafada (Vídeo legendado) circula até hoje na web e foi um dos grandes inspiradores de movimentos como o Água na Jarra, iniciativa criada em São Paulo no mesmo ano para incentivar o consumo de água da torneira. De acordo com Annie, esse crescimento é devido ao que ela chama de “demanda fabricada”.
Há anos, ONGs internacionais alertam sobre um futuro em que a água potável seria rara e valeria “mais do que ouro”. Para garantir seu filão no mercado, as grandes empresas de alimentos e bebidas agiram rápido: questionaram a qualidade da água de torneira e investiram em publicidade para garantir que seu produto era a opção mais saudável. Segundo a IBWA, o setor de água engarrafada é o segundo maior anunciante dos EUA.
O futuro chegou. Hoje, 1 bilhão de pessoas não têm acesso à água potável, de acordo com a Whole World Water. A falta do recurso, reconhecido como direito universal, está relacionado à morte de uma criança a cada 15 segundos no mundo, segundo a Unicef.”
Veja um pouco a ‘história’
da dita cuja:
Fabricação
Os impactos gerados
pela embalagem de politereftalato de etileno, ou PET, se iniciam com a extração
do petróleo, a fabricação da pré-forma e a produção da garrafa. De acordo com
Annie Leonard, no vídeo “A História da Água Engarrafada”, a cada ano, para
suprir a demanda dos EUA, a indústria utiliza petróleo e energia suficientes
para abastecer um milhão de carros, já que o produto tem que ser resistente o
suficiente para ser transportado ao redor do planeta.
Ciclo de vida
Para a análise do ciclo
de vida das garrafas são considerados o consumo de recursos naturais e outras
matérias-primas, como água (na produção), geração de efluentes líquidos (que
acabam poluindo rios, mares e lençóis freáticos), emissões atmosféricas (de
transporte e fabricação) e geração de resíduos sólidos. Segundo a 5Gyres, os
“plásticos foram feitos para durar para sempre e desenhados para jogar fora”.
Descarte
No caso do descarte correto da garrafa, os
impactos após o consumo são causados pela atividade de coleta e transporte do
lixo, principalmente as emissões atmosféricas (CO2). Quando chegam aos aterros
sanitários, que não possuem capacidade suficiente para comportar a crescente
geração de lixo, as garrafas demoram milhares de anos para serem absorvidas.
Quando são descartadas diretamente na natureza, acabam parando em mares e rios,
o que agrava o problema das enchentes.
Reciclagem
Mesmo quando a
garrafa é reciclada, ela gera impactos ambientais. De acordo com a tese de
mestrado de Renata Bachmann Guimarães (Brasília 2007), utilizada como base pela
ONG Água na Jarra, se considerarmos taxas de reciclagem por volta de 50% do
consumo, uma garrafa PET gera aproximadamente oito vezes o seu próprio peso em
resíduos, levando em conta as emissões atmosféricas, efluentes líquidos e
resíduos sólidos.
Oceanos
No mar, a ação de luz e das ondas quebra o
plástico em partículas cada
vez menores, chamadas microplástico, que nunca desaparecem completamente, segundo
a 5Gyres. O microplástico age como esponja, absorvendo pesticidas, metais
pesados e poluentes orgânicos persistentes (POPs), que causam disfunções
hormonais, neurológicas e reprodutivas. Já existem ilhas de plástico no oceano
nas quais o microplástico é tão abundante que se tornou parte do ecossistema. Plânctons
e pequenos crustáceos se alimentam deles, se intoxicam, também intoxicando
pequenos peixes que os consomem. O processo se repete até chegar a peixes
maiores e, logo, ao homem.
Com informações de Maria
Clara Serra
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