sexta-feira

A hora e a vez da Amazônia. O ‘interino’ franqueia área preservada para especulação mineral

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Coisas assim como o governo temer, entre aspas, costumam vir sob encomenda e ‘governa’ na execução do script que o concebeu e ‘colocou lá’, no Planalto.

A Amazônia é um velho objeto de desejo do capital especulativo que nunca conseguiu tragar, digerir, a legislação que tenta preservar ‘alguma coisa’. Preservar não só para o próprio país, já que com tal magnitude afeta e favorece todo o planeta.

Entretanto, isto é papo de ambientalista – que por sinal andam cada vez mais raros – já que o capital tem lá sua velha ‘mono visão iconoclasta’. E valores ambientais, senão de vida, se enquadram nesta categoria.
Veja também: Índios levam parte da fatura que o temer tem que pagar para a manutenção do “seu” cargo
Logo, voltando, o tal interino e seus sócios locais... Nem sei como classificá-los... São meros detalhes no processo. São paus mandados, como se diz por aí. E os pretextos para o golpe... Com o perdão da palavra... Só servem para enganar trouxa, como se diz.

Está achando excessivamente política a introdução ao tema do artigo? Pode ser, mas, pelo que se sabe fica impossível fugir ao se tentar avaliar coisas assim sem “dar nomes aos bois”, como se diz.

         “A polêmica decisão de Temer de abrir uma área gigante da Amazônia à mineração

Governo diz que medida vai revitalizar mineração brasileira e cumprirá regras de preservação, mas especialistas apontam impactos preocupantes; espaço, do tamanho da Dinamarca, havia sido protegido na década de 1980.

Em meados de 1980, uma região da floresta amazônica entre o Pará e Amapá comparada à Serra dos Carajás por seu potencial mineral despertava o interesse de investidores brasileiros e estrangeiros.

Para salvaguardar sua exploração, o então governo militar decretou em 1984 que grupos privados estavam proibidos de explorar a Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca), uma área de quase 47 mil km quadrados - maior que o território da Dinamarca. A ideia era que a administração federal pesquisasse e explorasse suas jazidas.

Nos anos seguintes, no entanto, o projeto avançou pouco, e a riqueza natural da área levou à criação de nove zonas de proteção dentro da Renca, entre elas reservas indígenas. A possibilidade de mineração foi, então, banida.

Mais de três décadas depois do decreto, nesta quarta-feira, o governo federal reabriu a área para a exploração mineral, numa iniciativa que gera expectativa de empresas e preocupação de pesquisadores e ambientalistas.

Assinado pelo presidente Michel Temer, o decreto nº 9.142 extingue a Renca e libera a região para a exploração privada de minérios como ouro, manganês, cobre, ferro e outros.

Em meio à crise econômica, o Ministério de Minas e Energia argumenta que a medida vai revitalizar a mineração brasileira, que representa 4% do PIB e produziu o equivalente a US$ 25 bilhões (R$ 78 bilhões) em 2016, mas que vinha sofrendo com a redução das taxas de crescimento global e com as mudanças na matriz de consumo, voltadas hoje para a China.


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