segunda-feira

Ratazanas param usina nuclear no Japão

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No passado ratos ou ratazanas eram um problema sério para abastecimento de alimentos e de saúde pública, como a peste negra que destruiu grandes contingentes populacionais na Europa, isso porque as condições de estocagem de alimentos e a inexistência de tecnologias de combate aos ratos e às doenças eram incipientes se comparadas aos dias atuais. Entretanto, a notícia de que ratazanas pararam uma usina nuclear, e não é a primeira vez, chega a ser hilária, isso sem falar – quem sabe? – na possibilidade de virem a provocar um acidente mais sério.
A controladora da usina nuclear de Fukushima paralisou nesta segunda-feira o resfriamento de uma das piscinas de combustível gasto para remover dois ratos mortos. Esta é a terceira vez em cinco semanas que a dona da usina precisou parar as operações para retirar roedores.

A planta enfrenta sérios problemas em seu funcionamento desde o acidente provocado pelo terremoto seguido de tsunami de 2011, que causou vazamento de material radioativo. No início do mês, a Tokyo Electric Power (Tepco), empresa que controla a usina, detectou quatro vazamentos em reservatórios de refrigeração.

Desta vez, a piscina paralisada fica na unidade 2, que armazena parte do urânio usado para gerar energia. A controladora ainda instalou redes para evitar novas invasões de ratos. Em março, Fukushima ficou parada por 29 horas por causa de um rato que cortou um quadro temporário.

Duas semanas mais tarde, os trabalhadores que tentavam instalar uma rede desarmaram novamente o sistema. Devido à sucessão de falhas na operação da usina, a Agência Internacional de Energia Atômica pediu à Tepco mais sistemas de segurança para evitar novos acidentes.

Os problemas na usina, 240 km ao norte de Tóquio, resultaram numa repreensão por parte do governo e do órgão regulador nuclear, reavivando o debate público sobre se a Tepco está à altura da tarefa de desativação prevista para durar décadas.

Em março de 2011, um tsunami se chocou contra a usina, causando o derretimento de barras de combustível em três reatores e provocando a retirada de 160 mil pessoas da região, no pior desastre nuclear do mundo desde Tchernobyl, em 1986. (Da Reuters, em Tóquio – Uol)



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