domingo

Brasil faz prospecção de minerais no fundo do Atlântico


O fundo dos oceanos vem se tornando a nova fronteira de exploração de recursos minerais, não só o petróleo, mas, de minerais convencionais, relativamente raros, e caros, como as terras raras, de uso crescente nas tecnologias de ponta e cada vez mais raras, com poucas jazidas conhecidas e localizadas pouco democraticamente na superfície. É um dos focos das novas buscas.
Uma cordilheira submersa a 1.500 quilômetros da costa do Brasil guarda riquezas naturais que entraram na mira do Serviço Geológico Brasileiro (CPRM), ligado ao Ministério de Minas e Energia. Com o objetivo de mapear esse tesouro escondido sob toneladas de rochas, o CPRM acaba de realizar a segunda de uma série de seis expedições em alto-mar. Todas custeadas com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que alocou R$ 47 milhões este ano para programas de exploração marinha, incluindo o da Elevação do Rio Grande, como é chamada a cordilheira. 
Por sua distância - para se ter uma ideia, os blocos do pré-sal estão a 300 quilômetros da costa - e pelo pouco conhecimento que se tem da cordilheira, a Elevação do Rio Grande é tida como uma nova fronteira exploratória de minérios valiosos. Nela foi identificada a presença de níquel, platina, cobalto e até das chamadas terras raras, um conjunto de minerais muito usados nas indústrias de telecomunicações e eletrônicos. 
A cordilheira está localizada em águas internacionais, uma área que é considerada patrimônio da Humanidade e que está sob jurisdição das Nações Unidas. Na fase atual de exploração, quando a finalidade ainda não é comercial, qualquer país tem liberdade para ancorar seus navios na região e realizar pesquisas sem comunicação prévia. 
Depois de mapeadas as riquezas, é preciso pedir permissão à Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos, ligada à ONU. Uma vez concedido o pedido, apenas o país que obteve a concessão da área pode atuar nela.
Da Agência Globo

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