sexta-feira

A Republica Unida da Soja. Território supranacional da Monsanto

Escrevemos um artigo no blogue Coluna do Leitor: ”Transgênicos e soberania”, onde comentamos que o sistema adotado pelas multinacionais da semente transgênica: controle de área plantada e cobrança de royaltes proporcionais a área plantada/produzida, cria um problema sério de propriedade efetiva da terra e do produto, bem como de soberania nacional, que você pode conferir no link do artigo.

Existia um sistema de produção agrícola primitivo, no Brasil, onde o dono da propriedade entrava com a terra e o “meeiro” com as sementes e o trabalho e, no final, a produção era dividida ao meio. Pelo visto, sua versão moderna, com os transgênicos, piorou.

Além disso, um “fato novo” é o que as próprias empresas envolvidas na produção e comercialização – ou seria concessão? – das sementes, criaram. O nome é “Republica Unida da Soja”, que abrange grandes áreas da Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai, que é ostentada com orgulho em função da imensa área territorial – supranacional – controlada, sobretudo, pela Monsanto, (EUA).

Se associarmos a isso o fato de o grosso da comercialização desses grãos – o Brasil é o 2º maior produtor mundial – ser feito por multinacionais como a Cargill, ADM, Bunge, Dreyfus, para países que as utilizam na alimentação do gado, veremos que, o “negócio da soja” não é, genuinamente, algo nacional.

Além da soberania nacional, temos o comprometimento do meio ambiente e biodiversidade, provocado pelo inseticida, glifosfato (Monsanto) que mata tudo, menos a soja, a troco de algumas cifras na balança comercial, por um produto “in natura” e sem nenhum valor agregado.

Se usa o óleo de soja e derivados, tenha certeza – confira no rótulo – que está apostando sua saúde, já que, praticamente, toda soja é transgênica e ainda não existem estudos definitivos que atestem a sua inocuidade à saúde humana e ao meio ambiente. Muito pelo contrário.

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