domingo

Inundações ou cheias que tumultuam as cidades. O que está por trás delas?

Marginal Tiête
As inundações ou cheias dos rios são fenômenos naturais, que fazem parte da própria dinâmica de um rio ou bacia fluvial.

As margens imediatas ou algumas centenas de metros da cada lado são, naturalmente, área de vazão periódica dos rios em época de chuvas.

Historicamente, as grandes civilizações se desenvolveram nessas áreas pela facilidade de acesso a água e, principalmente, em função de suas terras mais adequadas à agricultura, por serem periodicamente fertilizadas pelas águas das cheias ou inundações. Logo, as cheias ou inundações não são qualquer novidade, e o homem vem convivendo com elas ao longo da história. Então, porque elas se tornaram, hoje, verdadeiras vilãs e adquiriram este caráter catastrófico?

Não necessariamente em ordem de importância no processo, podemos listar alguns fatores:
  • o assoreamento do leito dos rios, provenientes do desmatamento e, principalmente, com a destruição das matas ciliares;
  • a impermeabilização das cidades, com a pavimentação excessiva do solo, impedindo a absorção (30%) das águas das chuvas;
  • o escoamento de toda sorte de detritos e lixo para o leito dos rios – já assoreados – reduzindo mais ainda a área de vazão, em função do acumulo* de água que lava as ruas e entulha o leito;
  • o excesso de interferência no curso natural do rio, com estreitamentos, “correções” de cursos e represamento para a construção de barragens e hidrelétricas.
Com tudo isso, não é de estranhar que bens de valor inestimável como as chuvas e os rios, tenham se transformado em vilões pela insensatez e irracionalidades do homem.

*teoricamente, 30% das águas das chuvas se infiltram no solo, outros 30% evapora, e o restante escoa pela terra indo em direção aos córregos, rios e para o mar.

Leia artigos relacionados:

Se gostou deste post, subscreva o nosso RSS Feed ou siga no Twitter, para acompanhar as nossas atualizações.



Share/Save/Bookmark

Nenhum comentário:

Postar um comentário