domingo

Celulose, papel.Ficando com o "Osso" da globalização

Um grande objeto de desejo de qualquer governo, principalmente de países em desenvolvimento, é a construção ou a vinda de uma fábrica ou indústria, o que é garantia de novos empregos e aumento na arrecadação de impostos.

As indústrias de celulose vêm aumentando, há alguns anos, tanto aqui no Brasil, como em outros países da América do Sul. O que parece ser um presente é na realidade um “presente de grego”.

Os países desenvolvidos vêm se livrando delas, pois o processo de fabricação da celulose – matéria prima para a fabricação do papel – exige um consumo absurdo de água potável, terras e energia elétrica.

É tudo o que ninguém quer, e nem pode, gastar.

Os governos de países em desenvolvimento e subdesenvolvidos aceitam de bom grado estas indústrias, hipotecando o futuro do meio ambiente e a qualidade de vida de seu povo.

O agravante, é que as indústrias daqui exportam a celulose processada, e a fase de menor custo energético-ambiental que é a fabricação do papel, produto final de maior valor agregado, é feita nos países desenvolvidos, e depois o compramos a preços altos, para suprir as demandas internas do país.

É uma decisão irracional, se não burra mesmo, pois ficamos com todo o ônus da produção da celulose e arcamos com os elevados preços do papel importado.


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