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Índios ‘levam’ parte da fatura que o temer tem que pagar para a manutenção do “seu” cargo

Indígena protesta na frente do Congresso Nacional, em abril deste ano. Eraldo Peres AP

“Temer determina que só poderão ser demarcadas terras que estavam ocupadas por eles em 1988”. 

O pagamento da fatura sempre cai, preferencialmente, no famoso “lado mais fraco”, o que é compreensível, e é óbvio, dado a sua parca ou quase nenhuma capacidade de protestar, de afetar significativamente ou trazer algum dividendo político negativo, já que os “formadores de opinião” de grande parte da população esta a cargo de um sócio majoritário de todo esquema do gênero – que por sinal leva muito bem o “seu” – daí o pouco caso.

É a tal mídia, que diante da grande relevância nos corações e mentes de tantos, podemos afirmar sem exageros: JN e demais “produtos globo”.

Diante de um contexto assim, índio está meio que fora desta categoria, tipo cidadão, direito ou coisa que o valha. Existe mais como um conceito meramente sociológico, ambientalista, senão simplesmente folclórico, daí o pouco caso com eventuais direitos, coisa criada por algum antropólogo radical, diriam.

E o lucro é alto. Só 30% da bancada na Câmara é formada por ruralistas, a Frente Parlamentar da Agropecuária. Pode? Quem jogaria fora tanto voto assim para garantir o “cargo suado”? Daí o capricho do Temer

Os setores, do “povo”, que apoiaram o golpe e estão se sentindo o máximo... Terão o seu. Ia dizer: é só esperar pra ver... Mas pelo visto não vai dar tempo... 

Seria o preço que iria sobrar para aqueles que se têm como esclarecidos e que foi às ruas bater panelas. O “novo” preço da gasolina é só um ensaio. Mas, não terão coragem de admitir que os afetou ou que erraram na “opção” política... Já que não teriam como esconder o papel (ão) de massa de manobra que desempenharam para beneficiar os de sempre.

Este comportamento, também, vale para os ‘novos ricos’ – filhos dos tempos Lula/Dilma – que saíram às ruas com suas panelas posando de “ricos”, e que, igualmente, jamais darão o braço a torcer.

Esta parte da fatura vai para os índios. Afinal 30 % de votos não é pouca coisa.
Mas, se der tempo, mais gente vai “sobrar”. 

É bom lembrar, que o “tipo de uso” das tais terras liberadas é feito de forma diferenciada pelos índios e pelos ruralistas, e sendo assim, quem vai perder, e muito, é a cobertura vegetal/florestal do país.

É, a cobertura vegetal – leia-se, florestas – com todas as consequências ambientais. O que dispensa maiores explicações.


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