A
ênfase nestes dados – energias renováveis
– é maior, sobretudo no continente europeu, em função do uso maciço de fontes
de energia centrada nos combustíveis
fósseis e na energia nuclear, e alguma
dificuldade, por país, em função de eventual não disponibilidade das condições naturais
mínimas para a exploração, de fontes de energias renováveis, e/ou alternativas.
É
o caso de níveis insuficientes de incidência
solar, de ventos, de rios
adequados à produção hidrelétrica, entre
outras.
A
ironia é que as fontes de combustíveis fósseis, também, não são lá ‘estas coisas’
no continente, sendo em sua maioria importados.
No
caso local, no Brasil, temos de sobra todas estas condições naturais, tanto é que
a nossa fonte básica, principal, é a hidrelétrica, ao passo que o uso do biodiesel
como fonte de energia elétrica é relativamente
insignificante.
As
energias renováveis vêm se destacando,
também, no Brasil, notadamente a eólica,
onde está ranqueado entre os maiores produtores mundiais, embora encontre obstáculos
de ordem logística, entre aspas, para desenvolvimento equivalente na energia solar, quando temos condições
excelentes para nos destacarmos neste ponto. (Confira links acima).
“Produção de energia renovável bateu recorde em 2016
Com 80% da produção
total, usinas solares e eólicas promovem rápida expansão das fontes renováveis.
Antiga pioneira, Europa fica para trás no crescimento dessa forma de energia.
O diretor-geral da Agência Internacional para as
Energias Renováveis (Irena), Adnan Z. Amin exulta: "Estamos testemunhando
uma transformação global de energia. Isso se reflete novamente num novo ano
recorde na geração de energias renováveis." A declaração foi feita durante
a apresentação do relatório Renewable Capacity Statistic 2017,
em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos.
O documento lista como as energias renováveis se
desenvolveram desde 2007 em mais de 200 países e quantas usinas de fontes hidráulica, solar, eólica
e de biomassa foram construídas, com qual capacidade.
Energia
solar ultrapassa eólica
Em todo o mundo, foram construídas em 2016 usinas
de energia limpa com a capacidade total de 161 gigawatts (GW), segundo dados da
Irena. Isso corresponde à capacidade instalada de cerca de 161 usinas nucleares
ou de carvão de grande porte.
Em termos de
geração de energia, as instalações solares estão, pela primeira vez, à frente
das eólicas, tendo sido construídas em todo o
mundo usinas solares com uma capacidade
total de 71 GW, quase 50% a mais do que em 2015. Em seguida vem a energia eólica (51 GW), hidráulica
(30 GW), de biomassa (9 GW) e geotérmica (1 GW).
Assim, até o final de 2016 a capacidade de geração
de energias renováveis em todo o mundo era de 2.006 GW, mais do que o dobro de
dez anos atrás. A transformação da matriz energética mundial é incentivada,
sobretudo pelo custo atualmente baixo da produção eólica e solar. Na última
década, cerca de 80% da energia renovável gerada recai sobre estas duas fontes.
Renováveis trazem
mais empregos e prosperidade
Desde 2009 o preço da eletricidade gerada por
usinas eólicas caiu cerca de um terço, e a por centrais solares,
aproximadamente 80%. A eletricidade gerada pelas novas instalações é em geral
mais barata do que a de usinas convencionais a diesel, carvão, gás e nuclear.
De acordo com dados da Irena, o forte crescimento
das energias renováveis tem também outros efeitos positivos. "Elas são
muito lucrativas e geram alguns benefícios socioeconômicos, como a criação de
novos empregos. Além disso, há a melhora do bem-estar das pessoas e do meio
ambiente", diz Amin.
Ele acrescenta, contudo, que, para atingir as
metas climáticas mundiais acordadas em Paris, o ritmo de expansão deveria ser
acelerado. "Essa dinâmica exige investimentos adicionais para a
descarbonização do setor de energia. Os novos dados são um sinal encorajador de
que estamos no caminho certo, mas há ainda muito a fazer."
Ásia
cresce e Europa fica para trás
Nos últimos anos, o principal motor da expansão
global de energia renovável foi a Ásia, com a China decididamente na dianteira.
Segundo dados da Irena, o país asiático construiu em 2016 centrais eólicas com
capacidade total de 19 GW, seguido a distância pelos EUA (9 GW), Alemanha (5
GW) e Índia (4 GW).
Em relação à energia solar, o ritmo na Ásia é ainda
maior. Com a construção de usinas com a capacidade de 50 GW no ano passado, o
continente respondeu por cerca de 70% do crescimento mundial. Foram instalados
painéis solares com capacidade de 34 GW na China, 8 GW no Japão, 8 GW nos EUA,
e 4 GW na Índia.
Como precursores na expansão das renováveis, a
Europa e, em particular, a pioneira Alemanha continuam caindo na ampliação
desses tipos de energia. No Velho Continente foram instalados apenas 5 GW de
energia solar, na Alemanha apenas 1 GW. Como motivo para a diminuição,
especialistas veem, sobretudo, a pressão das empresas de energia convencional
na política do setor.
"Há um forte movimento contra a energia
renovável. Os setores fóssil e nuclear tentam sustar sua expansão, que
prejudicam o modelo de negócios deles", diz Stefan Gsänger,
secretário-geral da Associação Mundial de Energia Eólica (WWEA), em entrevista
à DW.
Eletricidade para mais
300 milhões de seres humanos
Pela primeira vez, o relatório de estatísticas da
Irena divulgou também dados especiais sobre os assim chamados "sistemas off-grid"
– sistemas isolados, não conectados à rede elétrica e autossustentados por
baterias ou geradores.
Mais de 1 bilhão dos habitantes do planeta
não têm acesso a redes elétricas, principalmente em regiões remotas. Nesses
locais desenvolveu-se nos últimos anos uma forte dinâmica, principalmente em
relação à energia fotovoltaica.
No fim de 2016, a capacidade de energia solar off-grid nessas regiões era de 1,4 GW,
cinco vezes mais do que em 2011. Em geral trata-se de sistemas bem pequenos,
com baterias que fornecem energia para uma aldeia ou casa durante a noite,
permitindo a muitos o acesso à eletricidade. Esses sistemas têm grande sucesso
especialmente na África e Ásia, com a Índia, Bangladesh, Argélia e África do
Sul na linha de frente, segundo dados da Irena.
Na Índia há, ainda, um boom na expansão de
bioenergia para fornecimento elétrico local. As instalações construídas em
aldeias em 2016 totalizam quase 1 GW, 200 vezes mais do que no ano anterior.
Segundo estimativas da Irena, até 60 milhões de famílias ou
300 milhões de pessoas têm acesso à energia através de sistemas off-grid.
Em DW
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